Top 10 Meus Livros de Literatura

Wanju Duli
10 min readDec 28, 2018

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Eu escrevo romances e histórias de fantasia desde criança. Até hoje já devo ter escrito mais de cem livros. Devo ter colocado apenas pouco mais de cinquenta deles na internet. A maior parte dos que estão na internet foram escritos nos últimos anos.

Quando eu era criança eu escrevia em cadernos e ilustrava com meus desenhos. Na verdade, eu comecei, com uns oito anos, fazendo histórias em quadrinhos. Eu tenho dezenas de HQs que eu fazia quando criança. Com uns 13 anos eu deixei os desenhos um pouco de lado e me foquei só na escrita. Eu gostava de fazer histórias de detetive, principalmente inspiradas nas minhas leituras dos livros do Conan Doyle.

Aos poucos os temas das minhas histórias foram mudando. Até hoje eu gosto de desenhar meus personagens de vez em quando, mas sempre gostei mais de escrever do que desenhar.

Comecei a me interessar por ocultismo e religião porque eu queria viver minhas aventuras na vida real e não só em histórias de fantasia. Mas aos poucos entendi que eu podia fazer os dois.

1- Fábula dos Gênios (2012)

Comecei a escrever esse livro em 2012 e terminei em 2013. Criei um blog apenas para postar os capítulos. Fiz mais de 100 desenhos para acompanhar os capítulos. Era para ser uma história de fantasia que poderia ser aplicada para feitiços a serem feitos no mundo real.

Tive que colocar o Grimório dos Gênios num livro separado porque o livro somaria mais de 700 páginas, mesmo com letra 10 e margem estreita, e o Clube de Autores só aceita livros de até 700 páginas.

Gosto desse livro principalmente por causa da “Fábula dos Deuses” e a forma com que todas as histórias vão se encaixando. É como se fosse uma saga com muitos livros, pois é uma reunião de várias histórias com protagonistas diferentes dentro do mesmo universo.

Considero Taha Vorta meu melhor personagem e o romance dele com a Lipsei meu melhor casal. E eu gostei tanto da Ordem dos melhores magos do mundo que escrevi um livro em homenagem a esse, chamado: “MAL: Magos Acima da Lei”.

Minha principal inspiração para escrever esse livro foi Homestuck (além dos gênios malignos de Descartes). É por isso que cada personagem fala com uma cor diferente.

Antes mesmo de eu adquirir a versão colorida desse livro, quatro pessoas a compraram (por quase 200 reais!! Meus leitores compraram o livro até antes de mim, haha). É um livro enorme, mas creio que só dá para entender porque ele é digno de ser apreciado após chegar ao final. Eu gosto principalmente dos últimos capítulos e da forma que tudo se conclui. Nem mesmo eu esperava essa reviravolta.

Esse livro respira Magia do Caos.

2- Velevi (2008)

Nessa época eu ainda colocava meu nome real na capa. Esse livro é de 2008. Eu tinha 20 anos quando escrevi os três primeiros.

Esse livro contém os quatro primeiros volumes de Velevi. Depois eu escrevi os volumes cinco a oito. Com os oito volumes, esse livro deve ter quase o dobro do tamanho de “Fábula dos Gênios”.

Meu personagem favorito desse livro começa com a letra “L” e nasceu no Sudão. Na época eu não sabia praticamente nada sobre o Sudão. Hoje em dia, após ter assistido um documentário sobre o país e ter lido sobre ele em livros, é muito interessante pensar que escolhi fazer um personagem vindo desse país muitos anos atrás. Estou sorrindo agora, só de lembrar.

A ideia dessa história é divertida. Eu provavelmente já escrevi outros livros melhores do que esse, mas gosto de mantê-lo na segunda posição nem que seja como homenagem e nostalgia do meu esforço na época e a paixão com que escrevi.

Curiosidades: uma das minhas inspirações para escrever Velevi foi o anime Dennou Coil. Também me baseei um pouco na filosofia de Berkeley e Leibniz.

3- Palácio dos Alfinetes (2005)

Eu o escrevi aos 18 anos, quando eu tinha um piercing no lábio e cabelos pintados de roxo e branco, ehehe. Época em que eu frequentava cafés e confeitarias junto com outras meninas com vestidos babados inspirados na Era Vitoriana.

Fortemente influenciada pelo budismo (e por j-rock que eu escutava, eu já fui do fã-clube do Mana-sama e já ganhei dois autógrafos dele, eu estou revelando meu passado sombrio, por isso o visual das bonecas, meio gothic lolita). É um livro especial, tanto que foi o primeiro que publiquei no Clube de Autores.

A primeira metade é meio chatinha. Depois a história anda, e como anda! Já fiquei sabendo de pelo menos umas duas pessoas que choraram lendo esse livro.

Pelos meus padrões de hoje eu o considero meio mal escrito e eu teria boas soluções para melhorá-lo, mas daria muito trabalho e eu prefiro não mexer num livro que escrevi 13 anos atrás.

Uma das magias do livro é o fato de os capítulos se encaixarem, mas esse foi fruto de uma história altamente bem planejada. Ultimamente não ando com paciência de planejar minhas histórias, só saio escrevendo o que der na telha (mais preguiçoso que eu só o Macunaíma).

Para o protagonista dessa história eu me inspirei numa pessoa que conheci e o livro é em homenagem a ele. Também é inspirado num episódio em que eu mesma tive que passar a noite num hospital devido a uma intoxicação alimentar. Os sentimentos dele é um pouco como me senti.

É uma história altamente simbólica e um pouco triste.

4- Mártires Vermelhos (2016)

Eu o escrevi numa época particularmente forte e importante da minha vida, que foi o final de 2016. Eu provavelmente nunca terei um período tão intenso de estudos e práticas do cristianismo como tive nessa época, e conto toda essa carga de emoções nessa história de fantasia. Eu realmente derramo tudo que eu estava sentindo e creio ter sido por isso que soou tão poderoso.

Para escrever essa história, eu me baseei na vida de vários santos católicos, em passagens bíblicas e principalmente no ideal cristão do martírio. E particularmente nos jesuítas.

Eu também trato da questão política versus religião: com qual delas podemos “salvar o mundo”? Há algumas reflexões e acontecimentos interessantes a esse respeito.

5- Crônicas de Carneiros e Ratos (2017)

A história é dividida em três partes. Eu me baseei na ideia do horóscopo chinês. Mas antes de pensar nisso eu usei o termo “carneiros” por causa do livro “Caçando Carneiros” do Murakami e o termo “ratos” por causa da “Trilogia do Rato” do mesmo autor. O “crônicas” eu tirei de “A Crônica do Matador do Rei” de Patrick Rothfuss (eu sempre tiro as coisas de algum lugar).

Eu não pretendia fazer mais de um livro, mas queria usar a palavra “crônicas” no título, então me senti obrigada a fazer mais de um sjdsjnjdfd.

Eu gostei tanto desse livro que é possível que no futuro ele suba ainda mais no ranking. Esse é o terceiro ranking que faço dos meus livros. Eu gosto de ver como, embora algumas partes dele pareçam imóveis, reinando absolutos (como os três primeiros), às vezes escrevo um livro novo que, do nada, vai lá pra cima. Cara, só de pensar nisso já me dá um arrepio. Afinal, não quero viver só de nostalgias. Eu gosto quando meus livros novos ficam melhores do que os antigos. Mas também gosto de ver antigos que têm poder e me olham de cima, dizendo: “Me supere, bitch”.

Eu nem tenho palavras pra descrever esse livro. É uma combinação de várias fórmulas que usei em livros anteriores que deram certo: uma universidade de magia, uma guerra, sociedades secretas, personagens com passado sombrio, mestre fodão. Um amontoado de clichês, mas a gente dá um jeito de ficar legal.

Nesse vídeo eu falo sobre o livro. Ó eu toda orgulhosa com o resultado do livro, ahaha!

6- Sociedade do Sacrifício: Volume 1 e Volume 2 (2015)

Também foi escrito num período importante da minha vida e é cheio desse sentimento. Enquanto eu aguardava para fazer um retiro, eu o escrevi imaginando como poderia ser.

Uma parte da história se passa na Índia. Na época eu ainda não tinha viajado para lá. Foi legal reler o livro depois de ter ido.

Meus três personagens indianos do livro são fodões, adoro eles. ❤

Também é um pouco baseado em Homestuck, hahaha.

7- A Era do Folhetim (2016)

Livro baseado no meu livro favorito (O Jogo das Contas de Vidro).

Eu tinha gravado um áudio lendo o início desse livro. Onde tá mesmo essa merda? Ah, aqui!

Diferente de outros livros meus, que têm o final meio “no ar” e inacabado, esse livro tem um final fechadinho e bonitinho.

A história vai amadurecendo conforme avança. Tem bons personagens e partes um pouco fortes.

8- A Ordem da Discórdia (2017)

História de fantasia baseada em magia do caos. Uma guerra entre Concórdia e Discórdia.

É legal que a protagonista tem 40 anos e uma filha.

Não acho que as pessoas importantes são só as que lutam. Então nessa guerra os cozinheiros também são importantes. ;)

No Brasil não há muitos debates e polêmicas sobre guerras porque nosso país não está envolvido diretamente em guerras atualmente, mas eu leio muito sobre isso em livros, então gosto de falar sobre essa questão complicada em histórias minhas.

Não é só “guerra é horrível, somos contra guerras” e acabou. Elas acontecem por uma razão e não só porque as pessoas que as fazem são idiotas e gananciosas. É muito mais complexo que isso.

9- A Guerra dos Esquecidos (2012)

Foi uma história que publiquei mais ou menos um ou dois capítulos por mês no meu antigo blog “Ocultismo Magnífico”. Na época eu escrevia capítulos simultâneos de várias histórias e fazia votações para os leitores do blog escolherem de qual história queriam ler a continuação. Então eu escrevia o capítulo seguinte com base nas votações. Vários livros meus surgiram daí.

Essa talvez fosse a história mais popular daquela época (2011?). Os capítulos podem parecer um pouco desconectados porque eram quase pequenas historinhas, mas eu fui tentando estabelecer uma ligação entre eles.

É uma história nostálgica, que lembro com saudades e gostei do resultado. Eu falo um pouco sobre servidores, embora meu romance mais conhecido sobre servidores seja “Salve o Senhor no Caos”.

10- Guerra das Cores Perdidas (2010)

Na verdade, eu não me lembro o ano em que escrevi essa história. Acho que foi um pouco depois de Velevi.

O objetivo dessa história era personificar os mundos nas diferentes linhas de magia. Há um mundo de demônios, que representa o Caminho da Mão Esquerda; um mundo de anjos para o Caminho da Mão Direita; um mundo com seres que representam as forças dos quatro elementos da natureza para o xamanismo; um mundo em que se medita, para representar o budismo; e, finalmente, um mundo em que habitam seres com partes do corpo coloridas, de magia criativa, para representar a magia do caos. É algo assim. Faz tempo que escrevi e faz tempo desde que a li pela última vez.

A protagonista habita o mundo da natureza e está aguardando sua vez para ser treinada na magia do seu país quando um ser demoníaco invade o local e a leva em cativeiro. Depois disso… o que acontece mesmo? Hahaha. Sei lá, mas lembro que era algo legal. Eu espero.

Todos os outros livros dessa lista eu já reli várias vezes. Mas esse eu não li muito, pois não comprei a versão impressa ainda. Sim, eu tenho tantos livros que fica muito caro pra mim ter todos em sua forma impressa. E eu tenho preguiça de ler no computador.

Ah, eu fiz desenhos dos personagens dessa história! Só não lembro onde estão, mas qualquer hora eu acho.

Por que eu gosto de escrever tantas histórias com guerras? Recentemente eu descobri que há uma razão para isso.

***

Fim da lista?

Olhando para essa lista agora, estou em dúvida ou em “trívida” (como diz o Shakespeare) sobre a ordem de alguns livros.

Há outros livros meus que gosto muito que não couberam na lista, como o Clube das Letras Cruzadas, de 2016, que é provavelmente meu melhor romance gay.

Tem outros dois livros que escrevi esse ano (2018) que eu particularmente gostei: A Palma de Salomão e Nazireus. Porém, eles são muito recentes e eu ainda não os reli, para ter certo distanciamento da história e lembrar se eles estão bons o suficiente como me lembro.

Por isso, se eu for fazer essa lista de novo em 2019 é provável que as coisas mudem um pouco. E é possível que até lá já tenhamos um ou outro romance novo.

Mas para quem busca sugestões para ler livros meus, essa lista já é um bom lugar para começar. E caso não tenha reparado, eu irei reforçar que coloquei o link de cada PDF nos títulos em negrito dessa lista. Muitos deles também estão à venda no Clube de Autores, pra quem prefere ler o livro impresso.

Ah, e créditos para o Luiggi, que fez o design de todas as capas! Ele não tinha muito o que fazer quando eu escolhia imagens ruins ou quando eu desenhava mal, então o resultado das boas capas eu atribuo a ele e das ruins a mim hehe.

Boas leituras e beijos!

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Wanju Duli
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