Clube dos Cavalheiros: capítulo 9 (FINAL)
Finalmente, aqui está o último capítulo! Esse é o pdf definitivo, com a história completa. Em breve teremos uma versão impressa do livro.
580 páginas. Ficou bem mais longo do que eu esperava! Quando comecei a escrever essa história, eu imaginei algo em torno de 200 ou 300 páginas. No máximo 400.
Eu geralmente escrevo rápido, mas nesse mês de julho eu fiz um intensivo e estava bem ocupada. Eu tinha aula todo dia e tive que estudar para duas provas.
Mas deu tudo certo. A história terminou quando tinha que terminar.
É comum que minhas histórias tenham um final meio apressado, pois quando já estão longas demais eu preciso dar um basta, haha. Talvez o final tenha ficado ligeiramente apressado, mas ao longo do livro tentei fazer uma progressão natural.
Agora eu gostaria de fazer alguns comentários breves sobre a história em si. Talvez meus comentários contenham uns mini spoilers, então é melhor que você já tenha terminado de ler o último capítulo quando for ler essa parte do texto.
Atenção, spoiler!
Spoiler, spoiler!
Tudo certo? OK.
Quando eu comecei a escrever o primeiro capítulo, eu planejava que a protagonista terminasse junto com Delírio. Esses eram os planos.
Conforme os capítulos progrediram, apareceram novos personagens inesperados, como Tornado e Devastador. Eu não imaginava que eles seriam importantes na história. E aquele passado de Devastador não foi planejado. Ele surgiu bem depois. E eu também não esperava que ocorresse a revelação sobre Delírio.
Eu gostei do personagem chamado Pesadelo e eu pretendia que ele tivesse mais participação na história, mas acabei deixando meio de lado.
O clube teve mais de dez anfitriões mencionados pelo nome, então ficou muito difícil falar em detalhes sobre todos. Tive que selecionar os mais importantes. Achei que era mais importante a história ter um bom fluxo do que contar sobre todos os hosts.
Eu gostei da protagonista. Ela tava meio chatinha no começo, mas depois ela foi ficando mais interessante. A Fifi eu já gostei desde o começo. A Paula é uma personagem mais ou menos, com seus bons momentos. A Lady Stalker eu também já gostei desde o começo. E a Palita eu sinto um misto de irritação e diversão com ela.
Sobre os anfitriões, meu preferido continua sendo Delírio, hehe. Mas eu também já gostei de Don desde o começo.
Fiquei viciada em Devastador desde o segundo em que ele apareceu. Por isso ele apareceu tantas vezes na história. Mas ele acabou sendo muito mais polêmico do que eu esperava. Então foi muito difícil lidar com um personagem como ele.
Tive que atravessar alguns dilemas éticos. Seria sequer ético a protagonista terminar com um personagem como Devastador? Eu simplesmente não sabia o que fazer com esse cara! Arrumei uma pedra no sapato.
Se a Lola terminasse com o Dev, eu senti que alguns leitores iam odiar. Não que eu precise agradar os leitores, claro. Eu escrevo principalmente para fazer uma história que eu pessoalmente goste. Mas eu também não gosto de ignorar os leitores e fingir que ninguém vai ler depois. Sei que pelo menos uma, duas ou três pessoas acabam lendo meus livros menos populares. Então, se ao menos uma pessoa vai ler a história inteira além de mim, eu preciso dar alguma satisfação.
A Lola terminar com Dev poderia ser um final meio polêmico. A não ser que ele “melhorasse” muito como personagem, sem descaracterizá-lo. Mas eu achei que também seria forçação de barra “punir” Dev, dar um final ruim para ele. Eu não queria que minha história tivesse algum tipo de lição pretensiosa, ensinando que os bonzinhos ganham prêmios e os malvados são punidos.
Por isso, acabei chegando num meio termo. Dev não precisaria terminar com a mocinha, mas tampouco teria um final triste. Eu pessoalmente acho que foi uma escolha decente. Não sei porque eu me sinto culpada em dar finais felizes para personagens meio babacas. Eu já fiz isso antes várias vezes. Por exemplo, na minha história Coração Branco (que eu ainda considero meu melhor livro), no final um personagem super legal teve um final triste e um personagem babaca foi recompensado. Eu posso fazer essas coisas? Sei lá, a história é minha. Mas sei lá, né! Até hoje não fiquei satisfeita com aquele final, mas não acho que comprometeu o resto do livro.
Eu já escrevi mais de cem livros, mas ainda preciso lidar com esses tipos de dilemas éticos, sem saber o que fazer com certos personagens. Não quero cair num maniqueísmo simples, mandando os babacas pro inferno e dando um final excelente para os personagens legais. Mas fazer o oposto também me incomoda um pouco. Parece que eu estou dizendo: é super bacana ser um filho da puta. Enfim.
Mas vamos mudar de assunto, até porque a maior parte dos meus personagens nessa história são pessoas mais ou menos decentes, creio eu. Nada radicalmente polêmico, fora Devastador. Quando escrevo histórias de fantasia, eu dou a mim mesma a licença poética de recompensar assassinos, pois na fantasia é comum que personagens saiam matando todo mundo. Quando minha história se passa no mundo real, estamos perto demais da realidade para fingir que eu poderia fazer esse tipo de coisa livremente.
Eu até gostei de Maníaco, apesar de ele ter aparecido pouco. Acho que ele brilhou um pouco como personagem nos poucos momentos em que deu as caras. Não pude ir mais a fundo com ele.
Achei a Fifi, a recepcionista, super misteriosa como personagem. Mas nem falei sobre o passado dela. Seria legal ter feito isso.
Mostrei pouco do mundo ao redor da protagonista fora do clube. Mostrei brevemente a Lola no trabalho e na casa da mãe dela. Nem falei muito sobre os ex-namorados, pois achei que não era necessário.
Lola começa a história com 38 anos. Eu queria focar no presente e no futuro dela e não ficar falando sobre o passado.
Eu queria ter falado muito mais sobre o Delírio, pois é meu anfitrião preferido. Queria que Lola tivesse passado muito mais tempo com ele.
Sobre Donzela, eu queria mesmo que fosse especial na história em algum momento. Por alguns instantes pensei que esse personagem ficaria para trás e tivemos algumas idas e voltas.
Tornado foi outro que tivemos indo e voltando várias vezes. Realmente, até metade do último capítulo eu ainda não sabia com quem a protagonista ia terminar. Cheguei até a pensar que no final ela poderia simplesmente voltar com o ex-namorado dela. Para dar a sensação que o tempo da Lola no clube não passou de um tipo de sonho ou pausa, uma fantasia na vida dela.
Mas eu tenho jogado muito videogame ultimamente, principalmente otome games. Eu me baseei fortemente em otoges para escrever essa história. E por causa disso acredito que as fantasias na nossa vida podem ser mais reais do que imaginamos. Não são meras criações da nossa cabeça. São reais se fortemente desejamos. Não é mero fingimento. Então eu queria que uma parte do clube continuasse com Lola.
Gostei bastante de Tornado e fiquei feliz porque ele apareceu bastante na história. Senti que ele podia ter aparecido ainda mais.
Não me cansei de Don, pelo contrário. Queria que ainda tivesse aparecido mais, mais e mais. Muito mais detalhes.
Morto, o ex, não apareceu quase nada. Mas tivemos pelo menos uma conversa.
Mao. Gostei dele. Infelizmente ele se resumiu apenas ao “bom dançarino”, mas acredito que ele era bem mais interessante e complexo que isso. Não pude explorá-lo mais.
Encantado. Esse sim não apareceu quase nada. Poderia ter sido um personagem decente para explorar.
Dandara. Amei Dandara! Ela provavelmente ainda vai aparecer se eu for mesmo escrever minha próxima história chamada “Clube das Damas”, que seria uma história parecida, mas com um protagonista homem e um clube com mulheres.
Em Clube das Damas, além de Dandara, imagino que outros personagens vão reaparecer. Talvez Bruxa, que surgiu no final da história, mas apareceu razoavelmente. Até que eu gostei de Bruxa.
Também gostei de Audácia, que apareceu pouco.
Eu gostei do ritmo da história, principalmente porque eu não planejei quase nada. A história só foi acontecendo, então os acontecimentos soaram meio naturais, exatamente porque foram espontâneos. Se eu começava a gostar de um personagem específico, fazia com que aparecesse mais. Tudo bem, alguns eu gostei mas não apareceram tanto porque eu tive que fazer escolhas. Faz parte.
Mas eu gostei de Clube dos Cavalheiros. Achei que foi uma boa história. Pode até não ser um dos meus melhores livros. Afinal, já escrevi muita coisa. Mas achei que a história ficou interessante, tem muitos personagens legais e fluxo agradável de leitura. Não há muitas partes monótonas e arrastadas. Gosto de histórias com muitos diálogos e sem muita enrolação.
Também tivemos algumas cenas memoráveis. Gostei dos beijos e das cenas de sexo. Agora que já joguei dezenas de otome games, eu aprendi que eu leio a história inteira dos otome games só aguardando as cenas de beijo e sexo. Então eu sabia que eu tinha que reproduzir algo assim nessa história, como costumo fazer em outras histórias minhas.
Então, o que esperar a seguir?
Em breve pretendo fazer a versão impressa do livro. Só vou arranjar uma imagem pra capa e fazer a capa. O resto é mais rápido.
Não sei se vou fazer isso imediatamente, mas vou fazer. Quando termino de escrever uma história fico meio cansada e quero dar um tempo.
Por isso, não pretendo escrever Clube das Damas imediatamente. Talvez daqui umas semanas, daqui um mês ou mais. Vamos ver. Depende do meu tempo e disposição.
Tomara que Clube das Damas fique menor e tenha bem menos que 580 páginas, pois dá bastante trabalho escrever um livro desse tamanho. Mas eu quero que a história aconteça naturalmente, sem interromper o fluxo. Ela terminará quando for a hora.
Muito obrigada a todos que acompanharam Clube dos Cavalheiros até o fim! Vocês são incríveis!
Tenho uma vaga noção do número de pessoas que leu o livro, pela quantidade de downloads do pdf. Mesmo assim, nunca tenho certeza quantos chegaram mesmo até o fim. Recebi algumas mensagens, mas poucas, ao longo da escrita do livro. E fico feliz que alguns estejam mesmo acompanhando. Outros podem estar esperando pela versão impressa, porque preferem ler dessa forma. Ela vai sair!
Espero que tenham gostado da história! Não sei por qual anfitrião vocês estavam torcendo que ficasse com a protagonista no fim. Mas eu sou romântica, eu queria que ela ficasse com algum deles. Não queria deixar ela sozinha, coitada, haha.
Aguardem a versão impressa de Clube dos Cavalheiros para breve! E o capítulo 1 de Clube das Damas mais adiante. :)