Ama Cura: notas do capítulo 2: FINAL

Wanju Duli
3 min readApr 6, 2020

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Photo by Francesco Ungaro from Pexels

Aqui está o PDF do capítulo 2 da minha mais recente história de fantasia, “Ama Cura”. Esse também foi o capítulo final. O livro está terminado.

Enquanto eu escrevia esse capítulo, terminei de ler dois livros: “O Segredo dos Corpos”, de Vincent Di Maio (que trata de necropsias) e “Açúcar de Melancia” de Richard Brautigan (livro com elementos de realismo mágico). Pode ser que eles tenham influenciado algumas passagens da minha história. Também li metade de “Dias de inferno na Síria”, de Klester Cavalcanti, que pretendo terminar em breve.

Acho relevante informar os livros que eu lia enquanto escrevia uma história, pois sem dúvida eles acabam por ter alguma influência em algumas cenas ou capítulos do que escrevo.

Minha intenção era que a história terminasse no capítulo 3, assim como Alia. Porém, a história quis terminar antes e eu optei por não forçá-la a prosseguir essa travessia, se ela já estava pronta a partir no fim do capítulo 2. Meus livros são vivos e muitas vezes têm vontade própria. Não tenho tanto controle sobre eles.

Falando em controle, um elemento interessante nessa história foi a personagem Mandisa. As profecias dela podiam estar certas ou não e acredito que essa dúvida gerou mais um elemento de tensão e imaginação na história.

Tendo a pensar que as profecias finais de Mandisa estavam certas. Se a história tivesse prosseguido depois das profecias, eu não teria certeza. Mas do jeito que terminou, acho legal pensar que seriam aqueles mesmos os destinos dos personagens.

Quais foram meus personagens preferidos? Ironicamente, eu acho que os que mais gostei foram personagens que mal apareceram na história. Eu teria gostado de Nassor, que é a tal lenda dos Amas Curas. E eu simpatizei com Ghedi, um personagem que só aparece mais para o fim. Achei uma pena que ele não tenha participado mais da história.

No final do livro, fiquei com vontade de ter contado mais sobre os Amas Curas nativos do Além. Acho que a história seria incrível se eles tivessem participado mais ativamente. Senão fica aquela sensação dos caras da civilização indo ajudar os miseráveis do Além. Felizmente Mandisa, que era do Além, teve uma participação notável ao longo da narrativa.

Matunde parece um cara legal. Montsho eu também curti.

Optei por não esclarecer completamente o papel da magia negra. Deixei isso em aberto. O próprio Montsho guardou muitos segredos com ele (eram tão secretos que nem mesmo eu sei o que era).

Quis que tudo terminasse com um misto de tristeza e alegria, mas também com esperança. É a sensação de que a vida continua, que um trabalho não termina na gente, mas continua com as próximas pessoas.

Não tive grandes ambições com essa história. Era para ser uma história de fantasia que alternava momentos leves com situações mais tensas. No meio disso tudo, algumas reflexões. Creio que o livro cumpriu seu objetivo, mesmo tendo deixado no ar algumas perguntas sem resposta.

Agradeço muito a todos que leram! Eu me diverti escrevendo esse livro e espero que aqueles que leram possam ter tido bons momentos!

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Wanju Duli
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