Alia: notas do capítulo 2

Wanju Duli
3 min readMar 22, 2020

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Terminei de escrever o segundo capítulo de Alia. Você pode baixá-lo aqui em PDF.

Depois que eu terminei de escrever o capítulo 1, fiquei cerca de um mês sem escrever nada, pois eu estava lendo muitos livros e queria terminá-los logo. Acredito que algumas dessas leituras podem ter influenciado partes desse novo capítulo.

Uma curiosidade: terminei de ler o volume 1 de Duna de Frank Herbert há poucos dias e descobri que o nome da irmã mais nova do protagonista se chama Alia. Pretendo pegar algumas ideias desse livro para a próxima história de fantasia que eu for escrever.

Outra influência mais direta para o capítulo 2 foi o fato de eu ter assistido os dois documentários sobre a guerra da Síria que concorreram ao Oscar esse ano: For Sama e The Cave. Em “The Cave” é mostrado um tipo de cidade subterrânea que surgiu por causa da guerra estourando lá em cima, na qual funciona, dentre outras coisas, um hospital e um colégio. Eu me inspirei nisso também.

Há muitas curiosidades para mencionar e não lembro de tudo agora. Eu estava assistindo o filme “Come and See” enquanto escrevia e acabei por mencioná-lo na história também.

Outro livro que li esse mês foi “A menina da montanha” de Tara Westover, no qual há o relato de uma família que não enviava seus filhos para a escola e não ia a hospitais, tratando todo tipo de feridas graves e queimaduras em casa. Eu me baseei um pouco nos conhecimentos das crianças dessa família que não frequentaram um colégio para ter noções do que elas sabiam de matemática, por exemplo. E saber como eles faziam para tratar os ferimentos em casa. Usei partes disso na história também, já que o livro de Tara é uma história real.

Também li há pouco tempo “Nujeen”, um relato sobre uma refugiada síria que fugiu da guerra em uma cadeira de rodas com a irmã. Deu-me boas noções sobre a vida de refugiados de um país em guerra: como é viver com o som de bombas matando seus vizinhos e sabendo que você pode ser o próximo. E aprendi sobre as condições terríveis de alguns campos de refugiados.

“Irmãs em Auschwitz” foi outro livro que terminei de ler no mês passado que me deu noções sobre os limites de um ser humano que passa muito tempo sem comer e não pode preservar seus hábitos de higiene.

Os livros de guerra do Kurt Vonnegut também tiveram influências tanto no primeiro quanto no segundo capítulo. Li quatro livros dele esse ano.

Não fiquei um mês sem escrever para “pesquisar”. Apenas escolhi dar uma pausa para ler livros diversos, sem pensar se influenciariam ou não a história.

O segundo capítulo ficou tão longo quanto o primeiro. Posso dizer que o fato de a história estar longa contribuiu para que os personagens se tornassem mais complexos.

Aos poucos o livro caminha para o fim. Acredito que o terceiro capítulo será realmente o último e assim espero, pois Duna me deu a ideia para começar uma nova história de fantasia.

Mas primeiro irei me focar na conclusão de Alia. É um grande prazer poder compartilhar a jornada dessa história com vocês, pois a ideia de Alia começou bastante vaga. Eu não sabia bem para que lado iria a história e parece que ela finalmente caminha para algum lugar.

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Wanju Duli
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